terça-feira, junho 10, 2025

...PROCURANDO UM CAMINHO PARA O CÉU?

 

Introdução

Desde os tempos mais remotos, o ser humano tem buscado respostas para questões eternas: “O que acontece depois da morte?”, “Existe vida após esta?”, “Como posso ir para o Céu?”. Essas perguntas ecoam nas mentes e corações de pessoas em todas as culturas e religiões. A Bíblia, que é a revelação de Deus ao homem, oferece não apenas respostas, mas a verdade sobre o caminho para o Céu — não como uma rota geográfica, mas como um relacionamento com Deus por meio de Jesus Cristo.

1. O Anseio do Coração Humano pelo Céu

O desejo pelo Céu é, na verdade, o eco da eternidade que Deus colocou no coração do homem.
  • “Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem…” (Eclesiastes 3:11)
Ainda que o pecado tenha obscurecido nossa visão, o anseio por Deus, por justiça e por uma existência plena permanece em nosso íntimo. Mas como encontrar esse caminho? Será que boas obras bastam? Religião? Moralidade? Jesus aponta o caminho de forma direta e definitiva.

2. O Único Caminho: Jesus Cristo

João 14.5-6: "Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais; e como saber o caminho? Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim."

Este é um dos textos mais contundentes de toda a Bíblia. Jesus não diz que mostra o caminho, ou que ensina o caminho. Ele afirma ser o próprio caminho. Isso exclui qualquer outra rota que o homem tente construir até Deus por méritos próprios.

Jesus é o caminho (para a reconciliação), a verdade (que liberta do erro) e a vida (eterna e plena). Nenhuma religião, filosofia ou moralismo pode levar ao Pai. Só Jesus.

3. O Amor de Deus que Abre o Caminho

João 3.16: "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna."

O Céu é uma dádiva do amor divino. A motivação para nos dar acesso ao Céu não está em nós, mas no amor de Deus. O Senhor sabia que, por nossos próprios méritos, jamais conseguiríamos alcançar o céu. Por isso, Ele mesmo abriu o caminho, enviando Seu Filho para morrer em nosso lugar.

Esse versículo mostra três verdades essenciais:
  • Deus ama o mundo (inclusive você);
  • Deus deu seu Filho por nós (sacrifício);
  • A vida eterna é recebida pela fé em Jesus.
4. O Problema do Pecado: O Obstáculo no Caminho

Romanos 6.20-23: “Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres em relação à justiça. [...] Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.”

Todo ser humano nasce em pecado e vive sob seu domínio até ser liberto por Cristo. O pecado é o grande obstáculo entre o homem e o Céu. Ele merece punição, e essa punição é a morte eterna — separação de Deus.

Mas há uma oferta de graça: vida eterna em Cristo Jesus. O Céu não é merecido. É presente, é dom gratuito.

5. O Caminho é Trilhado Pela Fé e Confissão

Romanos 10.9-13: “Se com a tua boca confessares Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. [...] Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.”

A salvação — o acesso ao Céu — não vem por esforço, mas por fé. Aqui, o apóstolo Paulo esclarece que:
  • Crer com o coração na ressurreição de Cristo;
  • Confessar com a boca que Jesus é Senhor;
Essa é a condição para ser salvo. Isso não se trata de um ritual, mas de uma rendição verdadeira da alma a Cristo. A salvação é pessoal, intransferível, e depende unicamente da fé no Salvador.

6. A Salvação Não Vem pelas Obras, Mas Pela Graça

Efésios 2.8-9: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.”

Paulo deixa claro que não há mérito humano na salvação. Ela é fruto da graça (favor imerecido) e recebida pela fé. Não há obras, religião, boas intenções ou caridade que possam conquistar um lugar no Céu.

Isso humilha o orgulho humano, mas exalta a graça divina. O caminho para o Céu é uma pessoa: Jesus, e a porta de entrada é a fé nEle.

7. O Céu: Um Destino Real para o Crente

Quando Jesus fala de Céu, Ele fala de um lugar real, preparado para aqueles que creem nEle.
  • “Na casa de meu Pai há muitas moradas [...] vou preparar-vos lugar” (João 14.2)
O Céu não é apenas um conceito abstrato, mas uma realidade gloriosa onde os salvos estarão para sempre com o Senhor (Apocalipse 21.1-7). Lá não haverá mais dor, lágrimas ou morte. A vida eterna não é apenas “vida sem fim”, mas vida em plenitude e comunhão com Deus.

8. A Decisão Urgente e Pessoal

A pergunta "Como chegar ao Céu?" deve ser acompanhada de uma outra: "Já entreguei minha vida a Jesus?". A salvação é oferecida a todos, mas deve ser pessoalmente recebida.
  • “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Romanos 10.13)
Conclusão: O Caminho Está Aberto — E o Nome Dele é Jesus

Não há mais necessidade de viver na dúvida, na angústia, ou na busca incerta. Jesus é o Caminho. Ele veio buscar e salvar o que se havia perdido (Lucas 19.10). A salvação está ao alcance de qualquer um que crê.

Quem está procurando o caminho para o Céu?
  • Ele tem nome: JESUS.
  • Ele tem direção: FÉ.
  • Ele tem um preço: o sangue derramado na cruz.
  • Ele tem um convite: Vinde a mim!
Apelo Final

Quem ainda não entregou sua vida a Cristo, faça isso agora. O Céu não é um destino acidental. Ele é para aqueles que receberam, pela fé, a salvação oferecida gratuitamente por Deus.
  • “Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida.” (1 João 5.12)
Graça e paz!

Otoniel Medeiros

terça-feira, junho 03, 2025

ESPERANÇA EM TEMPOS DIFÍCEIS

 

“Pois para Deus nada é impossível.” (Lucas 1.37)

INTRODUÇÃO

As virtudes teologais são três virtudes fundamentais na teologia cristã que são consideradas essenciais para a vida cristã. Elas são: 1. Fé (Certeza e prova, Hb 11.1): A fé é a virtude que nos permite confiar em Deus e em Sua palavra. É a base da relação entre Deus e o ser humano. 2. Esperança: A esperança é a virtude que nos permite confiar na bondade e na providência de Deus, mesmo em meio às dificuldades e incertezas da vida. 3. Caridade (ou Amor): A caridade é a virtude que nos permite amar a Deus e ao próximo. É a expressão prática da fé e da esperança.

Essas virtudes são consideradas "teologais" porque são diretamente relacionadas a Deus e à nossa relação com Ele. Elas são fundamentais para a vida cristã e são frequentemente vistas como as três virtudes principais que guiam a vida do cristão.


A ESPERANÇA BÍBLICA


Base Bíblica Principal:

  • Romanos 15.13 – “Que o Deus da esperança os encha de toda alegria e paz, por sua confiança nele, para que vocês transbordem de esperança, pelo poder do Espírito Santo.”

  • Lamentações 3.21-23 – “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança: As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim. Renovam-se cada manhã; grande é a tua fidelidade.”

  • Salmo 42.5 – “Por que estás abatida, ó minha alma? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a Ele, meu auxílio e Deus meu.”


Destaques Teológicos:

1. Deus é a fonte inesgotável da esperança.

  • A esperança cristã não está nas circunstâncias, mas no caráter imutável de Deus. (Romanos 15.13)

2. A esperança se renova na fidelidade de Deus.

  • Mesmo quando tudo parece ruir, as misericórdias do Senhor são renovadas a cada manhã. (Lamentações 3.21-23)

3. A esperança cristã olha para o invisível, não para o visível.

  • “Porque vivemos por fé, e não pelo que vemos.” (2 Coríntios 5.7)

4. A esperança produz perseverança e caráter.

  • “A tribulação produz perseverança; a perseverança, um caráter aprovado; e o caráter aprovado, esperança.” (Romanos 5.3-5)


Motivação:

  • “Deus não nos abandona no meio da tempestade; Ele nos sustenta até que ela passe.”

  • “A esperança em Cristo não é a ausência da luta, mas a certeza da vitória.

  • “Em Deus, nunca perdemos a esperança, porque serve ao Deus que faz do impossível, possível.”

  • “Quando faltar tudo, ainda restará Deus, e Nele está toda a nossa esperança.”

  • “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Romanos 8:31)

  • “Nada poderá nos separar do amor de Deus.” (Romanos 8:38-39)


Aplicação:

1. Fortalecemos nossa fé na Palavra:

  • Leiamos, meditemos e declaremos as promessas de Deus diariamente.

2. Oremos com confiança:

  • A oração nos conecta à fonte da esperança. Lancemos sobre Deus toda ansiedade. (1 Pedro 5.7)

3. Cultivemos a gratidão:

  • A gratidão abre espaço para enxergarmos os milagres que já estão acontecendo. (1 Tessalonicenses 5.18)

4. Cerquemo-nos de quem fortalece a nossa fé:

  • Andemos com pessoas que oram, aconselham e edificam nossa vida. (Hebreus 10.24-25)

5. Olhemos além das circunstâncias:

  • Lembremos-nos: as lutas são temporárias, mas a fidelidade de Deus é eterna. (2 Coríntios 4.17-18)


CONCLUSÃO:

  • A esperança não é um sentimento passageiro, mas uma certeza inabalável de que Deus já está no controle do amanhã, mesmo quando o hoje pareça incerto.

  • A esperança bíblica tem o corpo no tempo e o espírito na eternidade.

  • O mesmo Deus que nos sustentou até aqui é o Deus que nos levará além. Não desistemos, não paremos, não desanimemos. Nossa eesperança tem nome, e o nome é JESUS.


03 de junho de 2025


Graça e paz,


Otoniel Medeiros





Referências bibliográficas


1. BRIDGES, Jerry. Confiando em Deus, mesmo quando a vida dói. 3. ed. São Paulo: Vida Nova, 2016.

2. KELLER, Timothy. Andando com Deus em meio à dor e ao sofrimento. 1. ed. São Paulo: Vida Nova, 2016.

3. LUCADO, Max. Você vai sair dessa: esperança e ajuda em tempos difíceis. 1. ed. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2013.

4. LUCADO, Max. Ansiedade não é para você: viva livre do medo, da preocupação e da ansiedade. 1. ed. São Paulo: Thomas Nelson Brasil, 2017.

5. SPROUL, R. C. O Deus que está presente: esperança e coragem na dor, sofrimento e perda. 1. ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2015.

6. MEDEIROS, Otoniel Marcelino. Uso do ChatGPT: com curadoria, revisão, adaptação e organização final de Otoniel Marcelino de Medeiros, 2025.

terça-feira, maio 27, 2025

SUBINDO O MONTE DO SENHOR

 

SALMO 24 - Quem é este Rei da Glória?

Estrutura do Salmo - O Salmo 24 se divide claramente em três partes:
  • Deus, o Criador e Soberano do Universo (vv. 1-2)
  • Aquele que é digno de entrar na presença de Deus (vv. 3-6)
  • A Entrada triunfante do Rei da Glória (vv. 7-10)
1. O Deus que é Senhor de toda a Terra (vv. 1-2)

“Do Senhor é a terra e tudo o que nela existe, o mundo e os que nele vivem.”

John Stott sempre ressaltava que a verdadeira espiritualidade começa com uma visão correta de Deus. O salmista começa declarando que Deus é o Senhor absoluto da criação. Ele não é apenas Deus de Israel, mas Deus de toda a terra, de todos os povos. Essa afirmação confronta o secularismo e o materialismo de qualquer época. No contexto cristão, nos lembra de que Jesus é o Verbo por meio de quem “todas as coisas foram feitas” (João 1:3). Cristo é o Senhor da criação, sustentando todas as coisas pelo poder de sua palavra (Hebreus 1:3).

Aplicação: A nossa vida, nossos bens, nossas decisões e nosso tempo pertencem a Deus. Nada é realmente nosso; somos apenas mordomos da criação do Senhor.

2. Quem Pode Subir ao Monte do Senhor? (vv. 3-6)

“Quem subirá ao monte do Senhor? Quem há de permanecer no seu santo lugar?”

Aqui surge uma tensão espiritual. O Deus Criador é também o Deus Santo. Para estar em sua presença, são exigidos critérios de pureza:
  • Mãos limpas (ação correta)
  • Coração puro (motivação correta)
  • Não entrega sua alma à falsidade (integridade espiritual)
  • Nem jura dolosamente (verdade nos relacionamentos)
Sob uma leitura cristã, como Stott sempre fazia, esse texto revela tanto um chamado à santidade quanto um diagnóstico da condição humana. Ninguém, por mérito próprio, preenche tais requisitos. Isso aponta diretamente para a necessidade de um mediador.

Aqui entra Cristo: Ele é o único de mãos absolutamente limpas e coração perfeitamente puro. Somente Ele cumpriu toda a lei, e por meio dEle nós temos acesso ao “monte do Senhor” (Hebreus 10:19-22). “Tal é a geração dos que o buscam, dos que buscam a face do Deus de Jacó.” No Evangelho, essa geração são os que, pela fé em Cristo, foram lavados, justificados e santificados (1 Coríntios 6:11).

Aplicação: Este trecho nos chama à busca sincera de Deus, à pureza de coração, mas também nos aponta para a graça, pois é somente por Cristo que podemos entrar na presença do Pai.

3. O Rei da Glória Entra (vv. 7-10)

“Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, para que entre o Rei da Glória.” Este é um dos trechos mais majestosos da poesia bíblica. As portas são personificadas como se precisassem se abrir grandemente para receber alguém de glória incomparável. “Quem é este Rei da Glória? O Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso na batalha.”

Cristo e a Ascensão:

Na visão cristã, muitos pais da Igreja e teólogos, como John Stott, entendem este trecho como uma antecipação poética da ascensão de Cristo aos céus. Após sua vitória na cruz e na ressurreição, o Senhor Jesus sobe aos céus como o Rei vitorioso, e os portões eternos se abrem para recebê-lo. Este é um momento que ecoa no Novo Testamento, quando Jesus, após completar sua obra redentora, é exaltado à direita de Deus, e recebe “o nome que está acima de todo nome” (Filipenses 2:9-11). A pergunta “Quem é este Rei da Glória?” ecoa em cada geração. E a resposta cristã é clara: Jesus Cristo, o Senhor, é o Rei da Glória.

Síntese Cristocêntrica:
  • O Deus Criador (vv. 1-2) — Lembra-nos que tudo pertence a Deus, e que Cristo é o agente da criação.
  • O Deus Santo (vv. 3-6) — Confronta-nos com nossa impureza, levando-nos à necessidade de Cristo, nosso Salvador e Mediador.
  • O Deus Glorioso (vv. 7-10) — Nos enche de esperança ao saber que Cristo venceu, subiu aos céus e reina. E um dia, voltará como Rei vitorioso.
Aplicações:
  • Adoração: Reverenciemos a Deus como Senhor de toda a criação.
  • Santidade: Busquemos mãos limpas e coração puro, não como caminho de mérito, mas como resposta de gratidão pela obra de Cristo.
  • Missão: Proclamemos ao mundo que Jesus é o Rei da Glória, e que todos são chamados a se submeterem a Ele.
  • Esperança: Vivamos na expectativa do dia em que o Rei da Glória voltará em triunfo.

Graça e paz.


Otoniel Medeiros


Fonte

John Stott - Salmos Favoritos - Editora Ultimato

terça-feira, maio 20, 2025

JESUS O BOM PASTOR

 

SALMO 23 - “Nada me faltará - A Suficiência do Pastor.”

Tema: A suficiência de Deus em todos os momentos da vida


INTRODUÇÃO: UM SALMO QUE TODO CORAÇÃO PRECISA

Você provavelmente já ouviu o Salmo 23. Davi, o autor, escreveu este Salmo como alguém que conhecia vales, perigos, solidão e... o cuidado fiel de Deus. E ele começa com uma frase surpreendente:

“O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.” (v.1)

A expressão “nada me faltará” nem sempre significa ausência de necessidades ou dificuldades materiais. No original, a ideia é: “não terei necessidade de nada essencial”. Davi sabe que Deus, como pastor fiel, leva o rebanho a pastos e águas, suprindo suas necessidades básicas. Em outras palavras, “Se tenho ao Senhor, tenho tudo que preciso” (como observa o comentarista Tim Challies: “Ele é meu, assim tenho tudo que necessito”). John Stott enfatizaria que a verdadeira suficiência em Deus diz respeito às necessidades mais profundas da alma – paz, sentido, salvação – mesmo em meio à carência material ou espiritual. O salmista não promete uma vida sem desafios, mas uma vida em que Deus supre o essencial: “Em Cristo, o cristão tem tudo o que sua alma precisa”. De fato, a Bíblia mostra inúmeros cristãos que passaram privações sem perder a fé (como Paulo, que aprendeu a “viver tendo nada, possuindo tudo”).

Em resumo, no original bíblico, "nada me faltará" no Salmo 23.1, quando o Senhor é o Pastor, significa que:
  • Haverá provisão para as necessidades essenciais da vida.
  • O salmista não será abandonado ou desamparado.
  • A maior garantia é a presença constante e o cuidado fiel de Deus.
  • Existe um senso de suficiência e contentamento na relação com o Divino Pastor.
Destaquemos três verdades que transformam essa frase de um versículo decorado em uma âncora de fé para o nosso coração.

I. “O SENHOR É O MEU PASTOR” – UMA RELAÇÃO PESSOAL

Davi não diz: “O Senhor é O pastor”, mas “o meu pastor”. Isso muda tudo.

Essa é uma relação íntima, não institucional. É como se ele dissesse: “Eu sou apenas uma ovelha, mas Ele me conhece, cuida de mim, me chama pelo nome, e está presente a cada passo.”

Aplicação:
  • Entregamos nossas vidas a esse Pastor?
  • Não estamos falando de religião, mas de relação.
  • Quando Jesus diz: “Eu sou o bom pastor” (João 10:11), Ele está dizendo: “Eu quero ser o seu Pastor também”.
Entregar-se a esse cuidado é o primeiro passo para experimentar a suficiência de Deus.

II. “NADA ME FALTARÁ” – UMA DECLARAÇÃO DE CONFIANÇA, NÃO UMA ILUSÃO

Davi não está dizendo que terá uma vida sem dor, mas que nada do que for essencial faltará.
  • Quando ele precisava de descanso? Deus o levava a pastos verdejantes.
  • Quando sua alma estava abatida? Deus o restaurava.
  • Quando enfrentava morte e escuridão? Deus estava com ele.
  • Quando tinha inimigos? Deus preparava uma mesa.
“Nada me faltará” significa que, se tenho o Pastor, tenho o necessário – mesmo que falte o supérfluo.

Aplicação:
  • Alguém pode estar passando por um tempo de escassez. Mas deve olhar para o que não falta:
  • A presença de Deus está aí.
  • O sustento diário, mesmo que simples, tem chegado.
  • A graça, a misericórdia, o perdão… continuam fluindo.
A promessa de Deus não é que nunca faltará luta – é que nunca faltará Ele com você.

“Com Cristo, alguém pode passar por tudo, porque Ele me sustenta em tudo.”

III. “MESMO NO VALE… TU ESTÁS COMIGO” – A PRESENÇA QUE MUDA TUDO
  • A vida tem vales. Vales da sombra da morte. Vales do desemprego. Vales da depressão.
  • Mas note: Davi não diz que Deus o tira do vale. Ele diz que Deus vai com ele no vale.
Deus não é um Pastor de montanhas apenas. Ele é o Pastor dos vales profundos também.


Aplicação:
  • Não esperemos sair do vale para vermos a fidelidade de Deus.
  • É no meio da dor que podemos experimentar a mão que consola, o cajado que guia, a voz que acalma.

“Ainda que falte muita coisa, se Deus está conosco, nós temos tudo.”

IV. A MESA NO DESERTO E O FIM GLORIOSO

O salmo termina com uma mesa, um cálice transbordante e uma promessa de eternidade:

“Habitarei na casa do Senhor para sempre.”

Mesmo diante de inimigos, Deus prepara uma mesa.
Isso significa que Deus não nos abençoa só quando tudo vai bem – Ele nos honra mesmo diante das lutas.

Aplicação:
  • Esperemos por milagres em lugares improváveis.
  • Esperemos por paz onde deveria haver guerra.
  • E vivamos com os olhos no céu, pois essa jornada termina na casa do Senhor, para sempre.
CONCLUSÃO: O PASTOR QUE NÃO FALHA

O Salmo 23 é a jornada de uma ovelha que aprendeu a confiar:
  • Quando faltou força, teve descanso.
  • Quando faltou direção, teve vereda.
  • Quando veio a escuridão, teve companhia.
  • Quando surgiu oposição, teve banquete.

E no fim, teve a certeza: “O bem e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida.”

Se alguém sente que está em falta, lembre-se: Cristo é a sua suficiência.

Ele é o bom Pastor que deu a vida por nós.
Ele conhece nossos nomes, nossas dores e nossas estradas.

E Ele diz:
“Se andarmos com o Senhor, nada nos faltará. Porque o SENHOR é tudo o que precisamos.”

DECISÃO:

“Senhor, eu reconheço que sou como uma ovelha perdida, carente, às vezes confusa. Mas hoje eu me rendo ao Teu pastoreio. Guia-me, sustenta-me, salva-me. Eu confio que em Ti, nada me faltará. Em nome de Jesus. Amém.”

Graça e paz!


Otoniel Medeiros




Fontes:

1. JOHN Stott. Salmos Favoritos: Editora Ultimato.

2. 
MEDEIROS, Otoniel Marcelino. Uso do ChatGPT: com curadoria, revisão, adaptação e organização final de Otoniel Marcelino de Medeiros, 2025.

terça-feira, maio 13, 2025

DEUS NÃO NOS ABANDONA


Texto Base: Salmo 22

INTRODUÇÃO

Imagine-se clamando com todo o seu coração, mas só ouvindo o silêncio. O Salmo 22 começa com uma das palavras mais chocantes da Bíblia:

“Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (v.1)

Esse salmo, escrito por Davi, expressa dor profunda. Mas ele também aponta profeticamente para alguém maior: Jesus Cristo, o Filho de Deus, pendurado na cruz por mim e por você.

Este salmo nos leva à cruz, mas também nos mostra a esperança depois da cruz. Hoje, vamos caminhar com Davi — e com Jesus — do clamor ao louvor, da dor à vitória.

TEMA

Mesmo quando não o sentimos, Deus está presente. E na cruz, Jesus carregou nosso abandono para que nunca mais fôssemos abandonados.

TRÊS ESTÁGIOS DA FÉ EM TEMPOS DE DOR

1. A DOR QUE PARECE SEM RESPOSTA (v.1–11)


“Por que estás tão longe de me salvar?” (v.1)
  • Davi expressa a dor do silêncio de Deus.
  • Jesus cita essas palavras na cruz (Mateus 27:46), revelando que Ele experimentou o abandono por nós.
  • Há momentos em que oramos e parece que o céu está fechado. Mas a dor de Jesus na cruz garante que Deus nunca nos deixará.
  • Quando Alguém se sente sozinho, lembre-se: Jesus esteve nesse lugar por você.
2. A DOR QUE É EXPOSIÇÃO E HUMILHAÇÃO (v.12–18)

“Traspassaram-me as mãos e os pés... repartem entre si as minhas vestes” (v.16,18)
  • Aqui temos uma descrição vívida da crucificação, escrita mil anos antes de acontecer.
  • As palavras são tão detalhadas que parecem ter sido copiadas dos Evangelhos.
  • Falam da zombaria, da exposição, da violência física, da vergonha pública — tudo que Jesus suportou por amor.
  • Jesus, o Rei do universo, foi despido, perfurado, zombado… Ele não se escondeu da dor. Ele abraçou a cruz para nos alcançar.
  • Podemos estar passando por situações vergonhosas, humilhantes, mas o Senhor Jesus conhece esse caminho. Ele se identifica com a sua dor.
3. A FÉ QUE VENCE E ADORA (v.22–31)

“Anunciarei o teu nome aos meus irmãos...” (v.22)
  • A partir do verso 22, o salmo muda completamente: do choro ao louvor.
  • Ele fala da adoração na congregação, da salvação das nações, da vitória de Deus.
  • Isso aponta para a ressurreição de Jesus, que após a cruz ressuscitou e hoje é adorado por toda a Terra.
  • A dor não é o fim. A cruz foi seguida pela tumba… mas a tumba está vazia!
VERDADES QUE FICAM
  • Jesus foi abandonado por um momento, para que você nunca seja abandonado.
  • Nosso sofrimento pode ter propósito eterno, como foi com Cristo.
  • A cruz termina em glória. Assim também será com os que estão em Cristo.
CONCLUSÃO: UMA MENSAGEM DE ESPERANÇA
  • Se alguém está se sentindo como no verso 1: desamparado, solitário, sem respostas. Mas Deus está escrevendo o resto do seu salmo.
  • Se alguém está na parte da dor, não desista: o louvor vem no final. Jesus provou a dor mais profunda, para nos dar a esperança mais gloriosa.
APLICAÇÃO

Hoje Deus te chama, nos chama para olharmos para a cruz com novos olhos:
  • Se alguém está cansado, lembre-se de que Ele já levou a nossa dor.
  • Se alguém se sente indigno, lembre-se de que Ele foi ferido por amor a todos nós.
  • Se alguém se afastou, lembre-se de que Ele nunca vai nos abandonar, nunca vai se afastar de nós.
  • “Todos os confins da terra se lembrarão do Senhor e se converterão a Ele...” (v.27)

ORAÇÃO

“Senhor, obrigado porque, mesmo quando não sentimos Tua presença, Tu estás perto. Obrigado porque Jesus enfrentou a cruz e o abandono para que hoje eu tenha salvação, vida e esperança. Renova a fé de cada coração aqui, e nos dá a certeza de que o louvor virá após a dor. Em nome de Jesus. Amém.”


Graça e paz!


Otoniel Medeiros




Refefências bibliográficas

1. Stott, John. 2007. A cruz de Cristo. Viçosa: Editora Ultimato.

2. MEDEIROS, Otoniel Marcelino. Uso do ChatGPT: com curadoria, revisão, adaptação e organização; 2025.





terça-feira, maio 06, 2025

A AUTORREVELAÇÃO DE DEUS

 


SALMO 19: A AUTORREVELAÇÃO DE DEUS


O Salmo 19 é um dos salmos mais belos e profundos sobre a revelação de Deus. Ele nos mostra que Deus se dá a conhecer de várias maneiras: na criação (revelação geral), na Sua Palavra (revelação especial) e na vida pessoal do crente (revelação pessoal). O Salmo 19 é um dos salmos favoritos de Pr. John Sott. O escritor C. S. Lewis, disse que o Salmo 19 é "o maior poemado Saltério e um dos melhores poemas líricos do mundo".

Divisão do Salmo 19

  • Versos 1–6 → Revelação geral (a criação testemunha sobre Deus)

  • Versos 7–11 → Revelação especial (a Palavra revela a vontade e o caráter de Deus)

  • Versos 12–14 → Revelação pessoal (oração e resposta do crente)

1 - A Revelação Geral — Deus se dá a conhecer na criação (vv. 1–6)

“Os céus declaram a glória de Deus, o firmamento proclama a obra de suas mãos.” (v.1)

Aqui, Davi contempla os céus, o sol, as estrelas e vê neles uma testemunha silenciosa da grandeza e glória de Deus.

Essa revelação é geral porque alcança todos, em todo lugar, em todo tempo, sem necessidade de palavras humanas.

  • Romanos 1:19-20 confirma: todos podem perceber atributos invisíveis de Deus, como Seu poder e divindade, pela criação.

  • Aplicação prática:

    • Quando olhamos para a natureza, devemos ser levados à adoração, não à idolatria da natureza.

    • A criação nos chama a reconhecer que há um Criador, e a buscar conhecê-Lo mais profundamente.

    • Como cristãos, devemos valorizar e cuidar da criação como mordomos de Deus.

2 - A Revelação Especial — Deus se revela na Palavra (vv. 7–11)

“A lei do Senhor é perfeita, e revigora a alma; o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria ao simples.” (v.7)

Aqui, Davi passa da criação à revelação especial: as Escrituras.
Só a Palavra revela quem Deus é em detalhes — Sua santidade, justiça, misericórdia e plano redentor.

  • O salmista usa seis termos: lei, testemunho, preceitos, mandamentos, temor, juízos — todos mostrando facetas da Palavra.

  • Ele destaca seus efeitos: revigora, dá sabedoria, alegra, ilumina, purifica, recompensa.

  • Aplicação prática:

    • Devemos amar a Palavra e meditar nela diariamente, pois ela nos transforma.

    • Precisamos ir além de apenas ouvir ou ler: é necessário obedecer.

    • Para o cristão, a Bíblia é central porque nela vemos Cristo — a revelação plena de Deus (João 1:14; Hebreus 1:1-3).

3 - A Revelação Pessoal — A resposta do crente (vv. 12–14)

“Quem pode discernir os próprios erros? Absolve-me dos que desconheço!” (v.12)

Após contemplar a criação e a Palavra, Davi olha para dentro de si. Ele reconhece:

  • Seus pecados ocultos (v.12),

  • Seus pecados conscientes (v.13),

  • Seu desejo de que suas palavras e pensamentos sejam agradáveis a Deus (v.14).


  • Aplicação prática:

    • Não basta saber sobre Deus; precisamos de uma relação pessoal com Ele.

    • A revelação nos leva à confissão, arrependimento e dependência do Redentor (Cristo).

    • Devemos pedir que Deus nos examine (Salmo 139:23-24) e purifique não só nossas ações, mas nossos motivos e pensamentos.

Visão Cristã — Cristo como o centro

Embora Davi não tivesse ainda a plena revelação de Cristo, para nós, como cristãos, sabemos que:

  • A criação foi feita por meio de Cristo (João 1:3).

  • A Palavra aponta para Cristo (Lucas 24:27).

  • A revelação pessoal é possível porque Cristo nos reconciliou com Deus (2 Coríntios 5:18-19).

Por isso, podemos ler este salmo como um convite a ver Jesus como o supremo cumprimento da autorrevelação de Deus.

Aplicações práticas finais

  • Reservemos tempo para contemplar a natureza como um ato de louvor.

  • Coloquemos a Palavra de Deus no centro do nosso dia, buscando nela sabedoria e direção.

  • Oremos pedindo um coração puro, desejando agradar a Deus em palavras, pensamentos e atitudes.

  • Lembremo-nos de que Jesus é a revelação perfeita do Pai, e somente nEle podemos conhecer a Deus plenamente.


Graça e paz.

Otoniel Medeiros



Referências bibliográficas

1. STOTT, John: Salmos favoritos: Inspiração e sabedoria nos Salmos - Viçosa: Ultimato, 2020.

2. MEDEIROS, Otoniel Marcelino de Mederos. Uso do ChatGPT: com curadoria, revisão, adaptação e organização, 2025.