segunda-feira, março 25, 2024

QUAL A LETRA QUE MATA?

 



2Co 3.6:  "Ele nos capacitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito; porquanto a letra mata, mas o Espírito vivifica! A relevância da Nova Aliança".

"2Co 3.6

Quem também. Ou: "E ele é quem"; ou: "Quem além deste poder, nos tornou ministros adequados." Fez-nos ministros capazes; antes, nos tornou ministros suficientes. Do novo testamento; antes, de uma nova aliança (Jeremias 31.31). O “Novo Testamento” não tem a mais remota conexão com o que chamamos de “Novo Testamento”, ou seja, o livro – que, na verdade, naquela época não existia. A palavra “testamento” significa testamento e, nesse sentido, não implica nem o hebraico berith nem o grego diatheke, ambos significando “aliança”. Em apenas uma passagem do Novo Testamento (Hebreus 9.16, Hebreus 9.17) diatheke significa um “testamento” ou “testamento”. Para saber mais, veja Efésios 3.7; Colossenses 1.25; 1Tm 1.11, 1Tm 1.12. Não da letra, mas do espírito. Em outras palavras, “não da Lei, mas do evangelho”; não daquilo que está morto, mas daquilo que está vivo; não daquilo que é mortal, mas daquilo que dá vida; não de escravidão, mas de liberdade; não de mutilação, mas de autocontrole; não do exterior, mas do interior; não de obras, mas de graça; não de ameaça, mas de promessa; não de maldição, mas de bênção; não de ira, mas de amor; não de Moisés, mas de Cristo. Este é o tema que São Paulo desenvolve especialmente nas Epístolas aos Romanos e aos Gálatas (ver Romanos 2.29; Romanos 3.20; Romanos 7.6, Romanos 7.10, Romanos 7.11; Romanos 8.2; Gálatas 3.10; Gálatas 5.4, etc.). Não da letra. Isto é, não da Lei Mosaica considerada um jugo de externalismo; um duro e inútil "farás" e "não farás"; um sistema que não possuía vida própria e não inspirava vida nos outros; um “imperativo categórico”, majestoso, na verdade, mas antipático e impiedoso. Tanto a Lei como o Evangelho foram escritos; cada aliança tinha seu próprio livro; mas no caso da Lei Mosaica existia o livro e nada mais; no caso do evangelho, o livro não era nada comparado ao espírito, e nada sem o espírito. Fora do espírito. Isto é, do evangelho que encontrou seu penhor e consumação no dom do Espírito. A Lei também era, em certo sentido, “espiritual” (Romanos 7.14), pois foi dada por Deus, que é Espírito, e era uma Lei santa; mas embora fosse tal em si (in se), era relativamente (per acidens) uma causa de pecado e morte, porque era dirigido a uma natureza caída e não inspirava nenhum espírito pelo qual essa natureza pudesse ser libertada (ver Romanos 7.7-25). ). Mas no evangelho o espírito é tudo; a mera letra não é nada (João 6.63). Porque a letra mata, mas o espírito vivifica. Este é um dos numerosos “textos” que foram primeiro mal interpretados e depois transformados, durante séculos inteiros, na base de sistemas errôneos. Sobre este texto, mais do que sobre qualquer outro, Orígenes, seguido pelos exegetas de mil anos, construiu o seu dogma de que a Escritura deve ser interpretada alegoricamente, não literalmente, porque “a letra” da Bíblia mata. A interpretação errônea é extravagantemente indesculpável e, como muitas outras, surgiu apenas do afastamento das palavras de seu contexto e, assim, da leitura de novos sentidos nelas. O contraste não é de forma alguma entre “o sentido exterior” e o sentido interior das Escrituras. “A carta” refere-se exclusivamente à “Lei” e, portanto, tem tão pouca referência à “Bíblia” que foi escrita antes da existência da maior parte do Novo Testamento, e apenas aborda uma pequena parte do Antigo Testamento. Mata. Surgem duas questões.

(1) O que e quem mata? E
(2) como isso mata?

As respostas parecem ser essas:

(1) a carta - a Lei considerada uma carta externa - impõe a sentença de morte àqueles que a desobedecem. Diz: “Aquele que fizer estas coisas viverá nelas”; e, portanto, implica, como costuma dizer, que aquele que os desobedecer será eliminado. É, portanto, uma ameaça mortal. Pois ninguém pode obedecer a esta Lei com perfeita obediência. E

(2) sendo o aguilhão da morte o pecado, a Lei mata ao levar diretamente ao pecado, na medida em que desperta a existência do princípio da concupiscência (Romanos 7.7-11; 1Co 1556; Gl 3.10, Gl 3.21). Mas o espírito dá vida. Este contraste entre uma aliança morta e uma viva é fundamental, especialmente nos escritos de São Paulo (Rm 2.27-29; Rm 7.6; Rm 8.11; Gl 5.8; 1Co 15.45). A Lei apedreja a adúltera; o evangelho diz a ela: "Vá e não peque mais".

(Extraído PULPIT)

Na graça e na paz,

Otoniel Medeiros

terça-feira, fevereiro 20, 2024

INÍCIO DE PROVÁVEL CUMPRIMENTO PROFÉTICO?

 

Mar Morto - Israel


Ez 47.1-12 (V.11)
Zc 14.8

O Mar Morto, que na realidade é um lago, é o ponto mais baixo da terra, mais de 400m abaixo do nível do mar. O Mar Morto está morrendo pelos desvios das águas do Rio Jordão e alguns afluentes. As cidades de Sodoma, Gomorra, Admá, Zeboim e Belá, eram nessa região. Era como o jardim do Senhor, campina do Jordão, bem regada antes do Senhor destruir Sodoma, Gomorra e a circunvizinhança (Gn 13.10).

Apesar de Ezequiel e Zacarias lançar um olhar profético muito amplo nos textos acima, em relação aos fenômenos naturais que acontecem hoje no Mar Morto, alguns observadores levantam algumas relações destes fenômenos com Ezequiel e Zacarias.

Com equilíbrio, sugerimos assistirem ao vídeo:




Abraços,

Otoniel Medeiros


segunda-feira, fevereiro 05, 2024

MENE, MENE, TEQUEL e PARSIM

 

Dn 5

O império babilônico cai para os persas no momento do  banquete do rei Belsazar, uma festa da carne, ou seja:
  • dar louvores aos deuses de ouro, de prata, de bronze, de madeira e de pedra;
  • agredir os princípios do amor de Deus.
Esta semana o Brasil vive a grande festa da carne, também. A nossa oração é para que a Igreja, no corpo das igrejas locais, de coração humilhado, se levante a favor do céu, trazendo a Palavra de Deus, dando glória a Deus, em cuja mão está a vida de todos nós e nossos caminhos, sejamos pesados na balança e não achados em falta, pela Graça do Senhor Jesus, começando pelos Herdeiros da Cruz, da igreja local, Igreja de Cristo em Cidade Verde, Parnamirim - RN.

Na eterna Graça do Senhor Jesus,

Otoniel Medeiros

terça-feira, janeiro 30, 2024

A BESTA 666?

 



O número da Besta, 666, é número de ser humano provavelmente por Gematria, que é um método hermenêutico de análise das palavras em hebraico. Esse número é uma marca na mão direita ou na testa. Nenhum anticristo até aqui teve esse número. Este avanço científico tem uma relação forte com Dn 12.4, a multiplicação do saber.

Essa marca é uma opção e não um "contágio", pelo que entendemos de Ap 13.8: "E ela será adorada por todos os que habitam sobre a terra, aqueles que, desde a fundação do mundo, não tiveram os seus nomes escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto". Os israelitas carregavem a lei de Deus em suas mãos e na testa para testemunhar a autoridade de Deus sobre suas ações e pensamentos (Dt 6.8). 

Os crentes têm o selo de Deus (Ap 7.3; 14.1; Êx 28.36-38) como símbolo do controle espiritual da fidelidade do coração e comportamento a Deus. 


A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos nós.


Otoniel Medeiros

sábado, dezembro 16, 2023

DISPENSACIONALISMO



INTRODUÇÃO

Com diz Charles Ryrie: "Para outros, no entanto, o dispensacionalismo é algo a ser evitado como uma peste". Foi exatamente esse o primeiro modelo, o Dispensacionalismo, que pessoas comprometidas com o Evangelho me ensinaram. Parece que o primeiro conteúdo que aprendemos e nos traz conforto interno, aceitação, tem em nós mais ancoragem. Entendo, que o Dispensacionalismo não é monolítico e não definidor soteriológico, como outros modelos, a tolerância é uma boa opção.


ESSÊNCIA DO DISPENCIONALISMO

1.Dispensações

O termo dispensacionalismo, se refere à forma distintiva na qual Deus gere ou organiza a relação dos seres humanos consigo. Acredita que Deus planejou uma sucessão de dispensações na história: passada, presente e futura, havendo revelações das Escrituras em cada uma delas.

2. Autoridade das Escrituras

Os dispensacionalistas na luta contra o liberalismo teológico sustenta a posição de fé da revelação verbal e inerrante de Deus para a igreja sempre para toda a base da vida e fé cristã, não eram os únicos a enfatizar a autoridade suprema da Bíblia em matéria de fé. Essa proposta prática de ministério expositivo fez dessa ênfase escriturística um selo de garantia desse movimento.

3. Singularidade da Igreja

O Dispensacionalismo considera a Igreja como uma dispensação nova na história bíblica, tendo as suas origens no "evento Cristo", que é a morte, a ressurreição e a ascensão de Jesus Cristo - particularmente no "batismo do Espírito", concedido aos crentee judeus e gentios desde a festa do Dia de Pentecostes. As bênçãos do Espírito Santo é um penhor, uma entrada, em direção a nossa redenção completa no futuro (Ef 1.13-14).

4.Significado da Profecia Bíblica

O Dispensacionalismo tem uma interpretaão bíblica mais "literal", interpretando a Bíblia como lemos os textos, sempre com a visão de que as bênçãos futuras de Deus incluem aspectos políticos, nacionais e terrenos da vida. Muitas dessas bênçãos estão inseridas com o retorno de Cristo à terra. O significado histório das profecias bíblicas são relevantes para entender o propósito de Deus na terra e para os humanos.

5.Significado Prático da Igreja Universal

Os dispensacionalistas sempre creram de que a realidade da igreja deve ser encontrada em Cristo e está acima das denominações que são separatistas.

6.Pré-milenismo futurista

O Dispensacionalismo é uma expressão de pré-milenismo, ou seja, Cristo retorna para esta terra e reinará por mil anos, durante um período problemático, "a tribulação". Diferente da maioria dos pré-milenistas, os dispensacionalistas creem na doutrina do arrebatemento pré-tribulacionista, ressuscitando os mortos em Cristo, transladando os crentes vivos para a imortalidade e levando a igreja com ele ao céu antes do seu retorno milenar e, a partir daí, reinará de modo visível as nações na terra. Destaquemos que o teólogo John Walvoord reconheceu a existência do dispensacionalismo pós-tribulacionista.

7.O retorno de Cristo

Significa a crença no pré-milenismo, ou seja, Cristo retorna antes do milênio em um tempo de angústia e que o presente evidência problemas caracterizadores para a volta do Senhor a qualquer momento, isso mais numa visão pré-tribulacionistas, outros tem uma definição de fé como pré-iristas e também envolve os que creem de uma forma pós-tribulacionista.

8.Um futuro nacional para Israel

A tradição dispensacionalista também crê em um futuro para o Israel nacional, incluindo o reino milenar. Alguns dispensacionalistas se motivaram, se tornaram grandes apoiadores do movimento sionista.


CONCLUSÃO

Parece que temos muita dificuldade de termos convivência de fé em assuntos que não são totalmentes claros na Bíblia; os modelos elaborados, as vezes complexos,  com coisas que  talvez Deus não revelou sequencialmente, detalhadamente, temos que ter cautela com o pleno envolvimento.

"A graça seja com todos os que amam sinceramente a nosso Senhor Jesus Cristo" (Fp 6.24).


Otoniel Medeiros


Bibliografia

Blaising, Craig A.; Bock, Darrell L. . Dispensacionalismo progressivo (Portuguese Edition). Editora Concílio. Edição do Kindle. 


quarta-feira, dezembro 13, 2023

IGREJA DE CRISTO: 91 anos de organização em 2023

 

Quando a Igreja de Cristo foi organizada no dia 13 de dezembro de 1932 em Mossoró - RN, os três principais organizadores tinham as idades: Pr. Eustáquio Lopes da Silva, 17 anos; Pr. João Vicente de Queiroz, 26 anos e o Pr. Manoel Higino de Sousa, 29 anos. Em 1930 a expectativa de vida do brasileiro era 36,5 anos. O Pr. Eustáquio Lopes da Silva morreu com 53 anos de idade, o Pr. Manoel Higino de Sousa com 72 e o Pr. João Vicente de Queiroz, com 91 anos.  A expectativa de vida nossa hoje em 2023 é 75,5 anos. Então nestes 91 anos de organização da Igreja de Cristo, a expectativa de vida do brasileiro aumentou de 39 anos.

"Quarenta anos é velhice para a juventude, e cinquenta anos é juventude para a velhice" (Victor Hugo).

Cremos que a Igreja de Cristo continuará a aperfeiçoar a sua prática litúrgica e missionária à nova realidade de etariedade, aperfeiçoando a sua cultura de respeito, empatia e incentivo à colaboração intergeracional e prossigamos em serviço ao Senhor nesta caminhada agora rumo ao centenário da sua organização, enquando o Senhor não vem.

Veja o artigo: 4/4-O problema da juventude (sobre liderança).

"Ensina-nos a contar os nossos dias,
para que alcancemos coração sábio" (Sl 90.12).

Otoniel Medeiros

quinta-feira, novembro 16, 2023

A GRAÇA DE DEUS

 

Calvino (1509-1564)

Calvino: “Tudo que nos envolve é contrário a promessa de Deus. Ele promete imortalidade, nós, contudo, estamos envolvidos por mortalidade e corruptibilidade. Anuncia que somos justos diante dele, nós, entretanto, estamos cobertos de pecados. Ele nos testemunha sua graça e sua boa vontade, enquanto todos os sinais de sua ira nos ameaçam. O que devemos fazer? Convém-nos, provavelmente, passar de largo por nós mesmos e por tudo o que nos é próprio com olhos fechados, para que nada nos impeça ou dificulte a crença na verdade de Deus”.

“De Tolstoi, aprendo a necessidade de olhar para dentro, para o Reino de Deus que está em mim. Nesta visão, percebo quão miseravelmente estou distante dos ideais do evangelho. Mas a partir de Dostoievski, conheço a extensão total da graça. Não apenas do Reino de Deus dentro de mim: o próprio Deus habita ali. “Mas onde abundou o pecado, superabundou a graça” é a forma como o apóstolo Paulo expressa esta verdade em Romanos 3.20” (Philip Yancey).



Otoniel Medeiros